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Santa Bárbara,24/04/2024

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Procuradoria pede suspensão da lei que proíbe chip da besta em Santa Bárbara


Procuradoria pede suspensão da lei que proíbe chip da besta em Santa Bárbara Vereadores aprovaram lei polêmica na Câmara

A Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) de São Paulo pédiu a suspensão da lei criada em Santa Bárbara d\'Oeste que proíbe implante de chips eletrônicos em seres humanos. A medida, em caráter liminar, deve valer até julgamento definitivo da ação. A legislação foi proposta com base em uma justificativa inusitada e causou polêmica. O texto da lei citava o fim do mundo, com passagens bíblicas, e a intenção de impedir que uma ordem satânica, representada pela \"marca da besta\", instale rastreadores nas pessoas.

No texto da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pela PGL e assinada pelo procurador Gianpaolo Poggio Smanio, em 6 de setembro, o magistrado considerou que lei que proibe o implante de chips eletrônicos em seres humanos desrespeita à Constituição porque \"invade a competência legislativa da União\" e cita o artigo 144 do documento para fundamentar a decisão, a saber:


\"Os municípios, com autonomia política, legislativa, administrativa e financeira se auto-organizarão por lei orgânica, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal e nesta Constituição\", destacou o magistrado.

O Procurador pediu ainda informações à Câmara de Santa Bárbara d\'Oeste. O Legislativo afirmou que não vai manifestar porque ainda não foi notificado oficialmente. O vereador autor da propositura, Carlos Fontes (PSD), foi procurado mas não se manifestou até a publicação desta reportagem.


Legislação



A proposta foi aprovada na Câmara de Santa Bárbara d\'Oeste e vetada pela Prefeitura, mas o veto foi derrubado pelos vereadores e o projeto virou lei em dezembro de 2015. Em julho deste ano, um escritor e jornalista morador da cidade do Rio de Janeiro (RJ), fez  representação ao Ministério Público paulista com pedido de ação de inconstitucionalidade da lei.


No pedido à Promotoria, o autor afirma que a legislação \"tem por ridícula finalidade expressa proibir que o anticristo de marcar os moradores do município com o \"número da besta\", que é 666\". Segundo a representação, houve invasão da competência do Executivo, da União para legislar sobre direito civil e penal, além de desrespeito à separação entre religião e poder público.


\"É simplesmente absurdo que em pleno século 21 ainda exista gente que acredita no \'Apocalipse\', e mais ainda, que detenha mandato parlamentar para fazer leis que empreguem a Bíblia como fonte de direito\", afirmou a representação enviada ao MP.


O Ministério Público enviou à Câmara de Santa Bárbara d\'Oeste um pedido de informações sobre todo o processo legislativo que resultou na criação da lei.


O projeto



Quando apresentou a proposta, o autor Carlos Fontes foi categórico ao afirmar no texto que o Apocalipse está próximo: \"Tendo em conta que o fim dos tempos se aproxima, é preciso que as leis se antecipem aos futuros acontecimentos. Sendo assim, urge que se proíba a implantação em seres humanos de chips ou quaisquer outros dispositivos móveis que permitam o rastreamento dos cidadãos.\"


O parlamentar afirmou, ainda à época, que a ideia de implantar chips em humanos tem sido trabalhada para que o dispositivo registre ou viabilize as atividades das pessoas, como viagens e compras. Para o vereador, no entanto, esta estratégia está relacionada a uma profecia do fim do mundo, onde quem “não tiver a marca da besta” não vai conseguir ser inserido na sociedade.


 


Fonte: G1




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