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Santa Bárbara,07/07/2024

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Não à militarização da escola e da sociedade

Não à militarização da escola e da sociedade


A implantação de um Estado policial avança sob ogoverno bolsonarista de Tarcísio de Freitas. Cada vez mais o governo vempolitizando a atuação da Polícia Militar, de forma não apenas a intimidar esufocar mobilizações que contrariem os planos desta gestão, como também  como forma de sinalizar à base bolsonarista"raiz" que Tarcísio é o melhor nome para concorrer à Presidência daRepública em 2026, como representante da falida política de "bandido bom ébandido morto".

O mais recente episódio dessa politização da PM,praticamente transformada em uma guarda governista, foi a vergonhosa, covarde eviolenta investida contra estudantes secundaristas, a maioria meninos e meninasadolescentes, que lutavam na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo contrao projeto que cria escolas-quartel com dinheiro da Educação. Isso mesmo, ogovernador Tarcísio de Freitas, que quer reduzir de 30% para 25% o percentualdo orçamento estadual para a educação, ainda quer utilizar recursos da educaçãoestadual para implantar as escolas cívico-militar. É muita ousadia e pouco casocom a educação pública estadual. Infelizmente, o projeto terminou sendoaprovado sob esse manto de violência, mas é importante notar que foram somente54 votos a favor. Dezenove deputados não apareceram para votar em plenaterça-feira.

O modus operandi é o mesmo da votação da privatizaçãoda SABESP e, ao que tudo indica, será utilizado sempre que o governo tiver queimpor à sociedade projetos que atacam os direitos da população.

Venceram uma batalha, mas ainda há muita luta pelafrente. Juntamente com toda a comunidade, sobretudo estudantes  funcionários, pais e mães, estaremosmobilizados em cada escola para impedir sua militarização. Falácias comocivismo, valores, segurança e melhoria do ensino não convencem a comunidade.Civismo e valores não necessitam de militares dentro da escola, muito menosensino de qualidade. Escola é lugar de ensinar e aprender com liberdade,pluralidade, sonhos e diálogo, não com disciplina militar.

Não aceitamos que as escolas estaduais da periferia,que se tornaram verdadeiros "cadeiões" como resultado da políticadestrutiva do Estado se transformem agora em escolas-quartel.

O que a Educação precisa é de investimentos, gestãodemocrática, valorização dos profissionais da Educação, garantia de uma sólidaformação básica, desde a educação infantil até o ensino médio. Tarcísio e Federvão no sentido contrário: querem confiscar R$ 10 bilhões da Educação, valoresatuais, estão digitalizando todo o processo educativo,  rebaixando a qualidade do ensino, sufocandoprofessores e prejudicando os estudantes.

Não pretendo culpabilizar os policiais militares, quesão servidores públicos, também mal remunerados e trabalhando em más condições,sob hierarquia e cumprem ordens. Toda a responsabilidade cabe ao governoTarcísio de Freitas, que nomeou para comandar a segurança pública no Estado umapessoa que responde a 16 processos por homicídios, que deturpa o papel dacorporação militar.

As consequências se fazem sentir. Recente pesquisaDatafolha aponta que a população, sobretudo na Capital, tem uma percepção maior de insegurança nestagestão. Isso ocorre também no interior e em minha cidade, Piracicaba, não édiferente. Acredito que cuidar da segurança da população, obrigação do Estado,também pode e deve contar com a participação do Município. Iluminação adequada,equipamentos e políticas públicas podem contribuir para isso.

Democracia, sempre!

ProfessoraBebel é deputada estadual, segunda presidenta da APEOESP e pré-candidata àprefeita de Piracicaba 





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