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Santa Bárbara,07/07/2024

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São Paulo vai crescer

São Paulo vai crescer

Muitospaulistanos ainda não sabem que sua cidade vai crescer em qualidade ambiental.O Prefeito Ricardo Nunes assinou declarações de utilidade pública de uma áreaequivalente a onze por cento do território da megalópole. São trinta e duasáreas, num total de cento e sessenta e cinco quilômetros quadrados.

Impressionantea dimensão dessa providência: são quase dezessete mil hectares, superiores atodo o perímetro de Paris e seus arredores. Nela, caberiam quase dezesseis milcampos de futebol. Houve exauriente e minucioso trabalho de detecção de glebasainda providas de verde, os resíduos da Mata Atlântica ainda não totalmenteeliminados pelo crescimento desordenado desta conurbação instigante que é acapital paulista.

Agora,seguir-se-á na identificação dos proprietários, que serão contactados e não seexclui a possibilidade de um acordo entre a Municipalidade e os titularesdominiais. Se isso não for possível, a expropriação garantirá à Prefeituraimediata imissão na posse, pois o interesse público se sobrepõe ao interesseparticular. E haja interesse público na preservação de remanescentes daexuberante cobertura vegetal quase toda dilapidada ao longo dos cinco séculosda chegada do colonizador. Um investimento que poderá ultrapassar os setecentose vinte e seis milhões de reais.

Antesdesses trinta e dois atos de declaração de utilidade pública, outros onze jáhaviam sido publicados. O benefício é para as atuais e futuras gerações. Estasainda sofrerão os desastrosos impactos da mudança climática, gerada pelainsensatez no uso dos recursos naturais. Efeitos que eram anunciados para daquia um século, mas que já estão ocorrendo e com intensidade surpreendente.

 Acidade de São Paulo foi a primeira no Brasil a criar uma Secretaria de MudançasClimáticas, exatamente para que o tema esteja na preocupação de todas as demaisunidades estatais de responsabilidade do Município. Mais ainda, pretende-seconscientizar a iniciativa privada, a Universidade, a Academia, a sociedadecivil, a mídia e todas as pessoas. A gravidade do tema não permite que qualquerpessoa se sinta excluída em relação à sua responsabilidade quanto à possívelmitigação dos prejuízos advenientes dos fenômenos extremos.

Ogrande vilão é o carbono, portanto a descarbonização já passou da fase deurgência. Mas também é preciso cuidar da excessiva produção de resíduossólidos, que são geradores de quase dez por cento dos gases venenososcausadores do efeito-estufa.

Aampliação de áreas verdes garante não só o aumento dos sumidouros de gáscarbônico, essa a função das árvores, mas também a atenuação da temperatura, aredução das “ilhas de calor”, a ressurreição de córregos e de cursos d’água eaumento de longevidade e da qualidade de vida para toda a população.

Pensaro que cada um pode fazer quanto ao enfrentamento das mutações do clima é um atoresponsável e de cidadania, a que ninguém pode estar subtraído. Vamos encararjuntos aquilo que a maior cidade do Brasil pode fazer em relação ao seu futuro.

 José Renato Nalini éSecretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.





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