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Santa Bárbara,06/10/2024

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Como escolher o advogado

Como escolher o advogado

Escolhe-seadvogado como se escolhe o médico. Ou o confessor, para aqueles que ainda seconfessam. Precisa ser alguém de confiança. Probo, ético, em quem se possaconfiar.


Hoje,com o excesso de causídicos, torna-se difícil saber com quem se lida. Acabaramaqueles escritórios em que a pessoa do advogado era o centro. Ele ouvia aparte, ele deliberava sobre a estratégia a ser observada, ele acompanhava oprocesso e estava à disposição do cliente para as informações de que estenecessitasse.


Osantigos sabiam eleger os profissionais confiáveis. E há histórias deliciosas decomo isso acontecia. A esperteza era uma característica dos velhos brasileiros.Algo nem sempre observado na vida contemporânea.

 

Conta-seque um consulente bizarro entrou no escritório de um advogado bem conhecido erespeitado. Contou que havia problemas nas divisas de suas terras, ainda nãoregularizadas fundiariamente. O homem mostrou seus títulos, mereceu do advogadotoda a atenção. Este contou que alguns dos papeis de nada valiam. Perderam-seno tempo, tamanha a barafunda fundiária do Brasil. Mas indicou o caminho a serseguido.


Terminadaa consulta, bem apuradas todas as circunstâncias, o homem enrolou a papelada,pagou pela hora em que foi ouvido e orientado – o que é difícil ainda hoje: aspessoas pagam o médico, mas acham que o advogado tem de atender de graça... – edisse ao advogado: - “Doutor, muito obrigado, mas não posso lhe confiar minhacausa. O senhor acabou de dizer que eu não tenho direito!”. – “Mas como, disseo advogado. Então o senhor não compreendeu!”.

  

Eo consulente: - “Compreendi muito bem. Tudo o que eu contei para o senhor éverdade. Só que eu sou a parte contrária...”

 

Seas pessoas se aconselhassem primeiro, evitariam lides que, na singular eexótica solução brasileira, podem durar décadas. É o que leva para percorrer asquatro instâncias e para vencer um caótico sistema recursal tupiniquim.


Escolhaadvogados pacificadores, do diálogo e que busquem a composição consensual dascontrovérsias. A não ser que você não tenha razão. Aí vale a pena recorrer aoequipamento estatal encarregado de solucionar conflitos.

 

José Renato Nalini é Reitor daUNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Executivo dasMudanças Climáticas de São Paulo.  





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