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Santa Bárbara,18/10/2024

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Acordar é preciso!

Acordar é preciso!

A  certeza de que o mundo corre perigo por causa da insanidade humana foi proclamadadurante décadas pelos cientistas. Eles já não clamam. Estão estressados,combalidos, desalentados. Agora, quem fala é a natureza. E parece que continuama se recusar a ouvi-la.

  

A  estratégia ESG, para fazer com que as empresas cuidem simultaneamente doambiente, das questões sociais e da governança, tende a sofrer do mesmofenômeno greenwashing que já ocorreu há pouco. Maquiagem ecológica, algocosmético, sem condições de realmente fazer com que, na prática, os três eixosmerecessem atenção séria e efetiva.

 

O  ressurgimento de um equivocado nacionalismo, eivado de fanatismo, faz com queem alguns dos países mais poluidores, haja um retrocesso na política ambiental.E o Brasil não é diferente, com essa incongruência de pretender voltar àcondição de promissora potência verde, mas, ao mesmo tempo, explorar petróleona foz do Amazonas.

 

O  otimismo de Jerson Kelman, grande brasileiro e especialista no tema, vê comesperança a concessão de quinze mil hectares da Floresta Nacional do Bom Futuro(RO) para preservação do verde e uso do Fundo Internacional Florestas Tropicaispara Sempre. Será uma das propostas da COP30. Ele acredita na vantagemcomparativa: a transformação de resíduos orgânicos da agricultura em biocarvão,via pirólise, que é incineração sem oxigênio. Esse biocarvão, aplicado ao solo,aumenta a produtividade agrícola e sequestra carbono.

 

A  transformação do bagaço de cana no Brasil em biocarvão representaria sequestroanual de cem milhões de toneladas de CO2, o equivalente ao mercado regulado decarbono do Reino Unido.

 

Enquanto  isso, a regulamentação do nosso mercado de carbono oficial retarda, já que asduas Casas do Parlamento têm assuntos mais sérios para decidir. Será que um diaos responsáveis pela política brasileira, principalmente no âmbito federal,adquirirão consciência da gravidade do quadro climático e farão alguma coisapara tentar salvar a humanidade do desastre total?

 

José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL,docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Executivo das MudançasClimáticas de São Paulo





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