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Santa Bárbara,18/10/2024

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Impunidade estimula bandidagem

Impunidade estimula bandidagem


Oinfrator ambiental merece punição mais severa do que o criminoso comum. Este,quando infringe a lei penal, vitima geralmente uma pessoa. O delinquenteecológico vulnera uma legião de pessoas. E o sistema tem sido muito lenientepara com ele.


Osjornais noticiam que os responsáveis pelo “dia do fogo” de 2019 ficaramimpunes. Continuaram a promover queimadas. Na verdade, o Brasil está em chamase ainda existe quem negue a atuação dos bandidos, assim como se recusa aacreditar que existe aquecimento global.

  

Todosnos lembramos de que houve um chamamento geral por WhatsApp, de conhecimentodas autoridades e que mais de mil e quinhentos focos de incêndio foram identificados,a indicar uma ação criminosa bem planejada. De que adianta aplicar milhões dereais em multas, se estas não são recebidas?

 

Issojá se verifica em outros Estados. As sanções pecuniárias não são cobradas eprescrevem. Prejuízo cumulado e potencializado. Grandes estruturas formaiscuidam de procedimentos estéreis enquanto a natureza agoniza e morre.


Oque aconteceu em São Paulo em agosto último pode ser creditado exclusivamente ànatureza? À evidência, a proliferação de incêndios, principalmente na região deRibeirão Preto, indica uma ação orquestrada. São Paulo não pode repetir alástima paraense, que deixou sem punição “a participação de um grupo compostopor sindicalistas, produtores rurais, comerciantes e grileiros, que teriamagido de forma coordenada”, conforme asserto da Polícia Federal.

  

Quemforam os incendiários paulistas? A polícia tem condições de identificá-los? Hágravações em que são vistos veículos cujos motoristas ateiam fogo a canaviais.Nada que uma boa investigação não consiga detectar. E punição nessa gente queestá a acabar com o futuro e que merece todo o rigor da lei penal.

 

Aimpunidade é um sedutor convite à criminalidade organizada, para que continue asua sanha dendroclasta, que vai encerrar a aventura humana sobre o planeta,muito antes do que se poderia imaginar.

 

Nãopode haver clemência em relação a tais deletérios elementos. Ao contrário, oBrasil da ordem e da lei precisa reafirmar a sua autoridade.

 

José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL,docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Executivo das MudançasClimáticas de São Paulo





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