Seja bem vindo
Santa Bárbara,18/10/2024

  • A +
  • A -
Publicidade

Recorramos à juventude

Recorramos à juventude

OBrasil está em chamas. As pessoas sentem o desconforto da fumaça, das altastemperaturas, da carência de água. Mas não sabem o que fazer. Nossa geraçãofalhou. Não faltaram avisos dos cientistas. Ninguém quis ouvir. O dinheirofalou mais alto. Em nome de lucro, os que deveriam ter atuado com juízo ecautela continuaram em suas práticas destrutivas.

 

Nãoquisemos ouvir a ciência, agora é a natureza quem fala. E continuamos a nãoentender sua linguagem. Ela se comunica do jeito que pode: seca inclemente,contaminação da atmosfera, do solo e da água, a reclamar gritos de socorro.Chuvas violentas. Tempestades. Furacões.

 

Éo momento de chamar os universitários. Não apenas eles, mas os estudantes doensino médio. Jovens que já nasceram sob o impacto das tecnologias daComunicação e Informação e que têm acesso à maior quantidade de material disponível.Talvez eles tenham resposta para os problemas que se tornam mais intensos eparecem insolúveis.


Sãojovens os capazes de criar aplicativos, formular inovações, confeccionarpequenos instrumentos facilitadores da vida humana, enxergar aquilo que osvelhos são incapazes de ver.

 

Hásoluções singelas, que podem estar na mente da mocidade, apta a responder adesafios, desde que provocada. É hora do empresariado premiar as boas novas,contemplar a inovação com incentivo capaz de suscitar a curiosidade eficientedos que ainda não foram contaminados pela praga do dinheiro como exclusiva metade uma espécie que tem algumas décadas, não mais do que isso, para permanecerneste sofrido planeta. O único ainda pronto a acolher a vida, mas que já secansou do bicho-homem, insensato, insano e suicida. Sim, escolher acabar com avegetação, com a água, sujar tudo o que era limpo e próprio para um usosaudável, é escolher a morte em lugar da vida.

 

Chamemosos jovens. Imploremos a eles encontrem alternativas que a velhice teimosa esoberba não está encontrando. É a esperança de que o caos possa vir a serevitado. Há quem não acredite mais nesta hipótese. Ultrapassamos todos oslimites. Agora, é preparar-se para o caos.

 

Agarremo-nosa esse resquício de confiança na juventude. E sigamos aquilo que eles nosdisserem. Seguir os velhos egoístas, consumistas e dendroclastas não deu certo.

 

José Renato Nalini é Reitor daUNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Executivo dasMudanças Climáticas de São Paulo. 





COMENTÁRIOS

LEIA TAMBÉM

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login