São Paulo em chamas
Sexta-feira,treze. Não era agosto, mas setembro. E o Estado de São Paulo com incêndios eminúmeras cidades.
Oitohelicópteros e quatro aviões usados para auxilia os casos mais críticos.Queimadas em Bananal, Bebedouro, Bom Jesus dos Perdões, Brotas, Caconde,Campinas, Campo Limpo Paulista, Campos do Jordão, Itapecerica da Serra,Itápolis, Ituverava, Jundiaí, Mairiporã, Mococa, Morro Agudo, Pontal,pedregulho, São Carlos, São José do Barreiro e São Luís do Paraitinga.
EmCarapicuiba, o fogo chegou à quadra da Escola Estadual Maria Alice Crissiúma eas aulas foram interrompidas. Idêntica a situação das Escolas Municipais “GenteMiúda” e “Stela Maris”. O fogo interrompeu os trabalhos da Associação SantaTerezinha, que trabalha com crianças, adolescentes e idosos de Carapicuiba.
EmSão Carlos, fogo em grandes proporções atingiu um aterro sanitário, outro focona rodovia Engenheiro Thales de Lorena Peixoto Júnior e ameaçavam o AeroportoMário Pereira Lopes, que sedia o centro da manutenção da Latam.
Grandeincêndio devorava a Serra do Mursa, entre Jundiaí, Várzea Paulista e CampoLimpo Paulista. Na capital, incêndios provocados em alguns parques municipais.
Seráque existem essas criaturas satânicas, suficientemente cruéis para atearem fogoà vegetação que secou por falta de chuva e por falta de vergonha de todos?
Sim.Todos. Fôssemos conscientes da gravidade das emergências climáticas, pouparíamoságua e energia. Plantaríamos mais árvores. Protegeríamos as árvores quedesaparecem de nossas cidades e que nos deixam à mercê das temperaturas elevadas.Exigiríamos do agrotroglodita maior responsabilidade e não apenas ações contraa criação da autoridade climática, boicote à política ambiental de Marina Silvae disseminação do negacionismo. São Paulo em chamas é algo natural. Cíclico.Não devemos nos preocupar, dizem eles. Entreguemo-nos à falta de sorte, porque,a continuarmos assim, nos despediremos da aventura existencial bem antes do queprevíramos.
Ondefoi parar o juízo de gente que é paga para tê-lo e sabê-lo usar?
José Renato Nalini é Reitor daUNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Executivo dasMudanças Climáticas de São Paulo.
COMENTÁRIOS