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Santa Bárbara,27/11/2024

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Só os artistas enxergam

Só os artistas enxergam

Odesastre que já chegou à Terra e que mostra a palpável realidade dodesaparecimento de qualquer espécie de vida, tamanha a insensatez perpetradacontra a natureza, não desperta os políticos, nem os empresários, nem os demaispoderosos.

 

Apenasalgumas almas sensíveis são capazes de detectar a dimensão da desgraça. Porisso, resta apelar para os poetas, para os filósofos, para os escritores, paraos fotógrafos, pintores, artistas plásticos, grafiteiros, músicos, intérpretese outros humanos providos desse especial talento para detectar o que a fatiarude do “sapiens” não é capaz de enxergar, que façam um esforço para salvar oplaneta.

 

Muitosjá estão fazendo isso. assim a ArtBO, a feira de arte na Colômbia que expõepinturas, desenhos, vídeos e instalações nessa Feira Internacional de Arte deBogotá. Ali se pode enxergar o vede das árvores, folhas, flores, a belezaluxuriante que está desaparecendo.

 

Selvasfigurativas de Tatiana Arocha, os rios em grafite de Santiago Reyes, avegetação aquática de Brenda Cabrera, as árvores de arame de Luis FernandoPelaez.    


Oquestionamento da exposição é a crise ambiental. E o Brasil deveria, nestemomento dramático em que arde em chamas, em que a água vai acabando, a poluiçãoaumentando, o volume de resíduos sólidos crescendo de forma desmesurada,congregar os seus artistas e fazer manifestações que chegassem à consciência dapopulação.

 

Asociedade civil não tem exigido do governo, que existe para servi-la, umaatitude responsável diante dos descalabros intensificados. Não é possívelentregar este país, que já foi considerado “promissora potência verde”, e quefoi reduzido a “pária ambiental”, ao final melancólico de uma terra devastada,imprópria para a vida, um grande deserto onde será quase impossível apersistência de qualquer espécie de existência viva.


Osartistas já estão sofrendo com a emergência ambiental, que afeta a todos, masprincipalmente aos mais frágeis, vulneráveis, excluídos, carentes, pobres eenfermos. Idosos e crianças, as vítimas preferenciais. Só a arte pode sacudir amentalidade inerte e passiva que apenas observa a tragédia, como se ela não lhedissesse respeito.

  

Unamo-nos,artistas, pensadores e seres sensíveis. Tentar evitar a catástrofe, cujachegada é evidente e só os irresponsáveis é que não a pressentem.


José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL,docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Executivo das MudançasClimáticas de São Paulo





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