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Santa Bárbara,31/01/2025

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José Renato Nalini

Siga a natureza

Imagem divulgação
Siga a natureza      José Renato Nalini é diretor da Uniregistral, docente da Uninove e secretário da Academia de Letras


Depoisde milênios de maus-tratos, existe a esperança de que a natureza ensine aoshumanos alguma coisa. Ainda é muito tímida a utilização das estratégias desoluções baseadas na natureza SbN, mas elas tendem a avançar, à medida em que apopulação deixar de ser ecologicamente iletrada e compreenda a suaresponsabilidade ante as emergências climáticas.

  

Acatástrofe ambiental não é ameaça remota. Ela acontecerá, inapelavelmente, comojá tem acontecido em boa parte do planeta. Inclusive aqui, no abençoado Brasil.

 

Oque as cidades podem fazer para minimizar os efeitos desses desastres “nãonaturais”? Sim. Eles só acontecem porque a humanidade foi cruel para com oambiente. Este responde como sabe: mediante fenômenos extremos, os desastresque muita gente incauta chama de “naturais”.

  

Assoluções baseadas na natureza são projetos de bioengenharia que enfrentam deforma racional os desafios socioambientais mediante uso de princípios eprocessos inspirados nos ecossistemas naturais.

 

Jardinsde chuva, parques lineares, restauração de encostas, são providências quemimetizam a natureza e tornam as cidades menos vulneráveis. Não têm o condão deevitar os fenômenos. Estes virão, com certeza. Mas a responsabilidade é daocupação desordenada, sem respeito às bacias hidrográficas e sem fiscalizaçãopor parte do Poder Público.

 

Assoluções baseadas na natureza deveriam entrar no radar da construção civil,deveriam ser disciplina obrigatória nos cursos de Arquitetura e engenharia, seralvo de cursos de CREA, IAB e demais entidades que congregam urbanistas epensadores que idealizam e fazem funcionar as cidades. Toda cidade precisafazer seus “jardins de chuva”, ou sistemas de biorretenção. Espaços instaladosnas ruas para absorver parte das chuvas, diminuindo o impacto dos grandesvolumes de água. Tecnologia simples e de fácil manutenção. Um remédio, emborapaliativo, para a insensatez da construção de cidades impermeáveis, mais amigasdos automóveis e mais hostis aos humanos. Por incrível que isso possa parecer.

  

Aindahá uma chance de aprender com a natureza. Não a percamos!

 

José Renato Nalini é Reitor daUNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Executivo dasMudanças Climáticas de São Paulo.    



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