A “Caravana da Educação” passou por Piracicaba na última sexta-feira, 14 de junho, sendo marcada por manifestação na Estação Paulista, organizada pela Subsede da Apeoesp, que reuniu profissionais da educação, estudantes, pais e lideranças sociais e sindicais, numa única voz em defesa da educação pública e dos serviços públicos de qualidade e contra os constantes ataques do governador Tarcísio de Freitas e do seu secretário estadual da Educação, Renato Feder.

Esta caravana, de acordo com a deputada estadual Professora Bebel (PT), segunda presidente a licenciada da Apeoesp, está acontecendo em várias cidades do Estado de São Paulo, contra o corte de verbas da educação, as escolas quartéis, a plataformização e a privatização das escolas e convocando professores para o ato unificado com o funcionalismo público estadual que será realizado na próxima sexta-feira, dia 21, na avenida Paulista, em frente ao Masp, em São Paulo. 

De acordo com Bebel, a luta é por reajuste salarial, valorização dos servidores e também por serviços públicos de qualidade. “Por isso, esta caravana está percorrendo diversas cidades do Estado de São Paulo e fazendo esta convocação de professores e demais servidores estaduais”, destaca.  

A decisão de realizar o ato público unificado foi aprovado em assembleia promovida pela Apeoesp, no último dia 24 de maio, em frente ao MASP, acatando propostas aprovadas pelo Conselho Estadual de Representantes (CER) da APEOESP, que se reuniu no período da manhã. Como forma de mobilizar a categoria estadualmente, foi decidido pela realização desta caravana da educação, que está percorrendo diversas cidades do Estado.  

Nesta campanha, os professores lutam pela valorização e dignidade do magistério paulista, por salário, emprego, condições de trabalho e todas as demais reivindicações, entre as quais estão revogação da Portaria da Secretaria Estadual da Educação sobre novas escolas PEI e ampliação para 9 horas. Também lutam pelo pagamento imediato do bônus, pelo pagamento integral do piso salarial nacional para toda a categoria, da ativa e aposentados, com reajuste no salário base e não como abono complementar, assim como pelo pagamento do reajuste de 10,15% conquistado na justiça e bloqueado no STF e pelo pagamento de remuneração aos professores que participaram da prova do SARESP. A categoria também quer a revogação da reforma do ensino médio (MP 746/2016), assim como intensificar o combate ao assédio moral e ao autoritarismo do governo.

Nesta campanha, a Apeoesp, conforme foi deliberado na assembleia, continuará denunciando e lutando contra os aplicativos digitais da Secretaria Estadual da Educação, assim como intensificará a luta contra a privatização das escolas e retomará a campanha contra a violência nas escolas – pela ampliação do programa de mediação escolar para prevenção à violência nas escolas.  Também luta contra o Decreto 68.415/2024 - por uma educação especial inclusiva, que garanta pleno atendimento às necessidades educacionais das pessoas com deficiência, assim como cobra a efetivação imediata da mesa de negociação permanente com a Secretaria Estadual da Educação e intensificará a luta em defesa do IAMSPE, contra a venda da sede do Instituto, pelo conselho de administração paritário e deliberativo, contra privatizações e terceirizações, atendimento aos professores da categoria O e demais reivindicações, assim como por atribuição de aulas presencial, justa e transparente e pela regularização imediata das contribuições previdenciárias ao INSS. “Também estamos cobrando do governo envio de verbas às escolas, uma vez que muitas não estão recebendo”, destaca a deputada Professora Bebel.