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Santa Bárbara,11/12/2024

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A desigualdade social e o papel da escola

Fonte: Redação
A desigualdade social e o papel da escola Valéria Caetano da Silva Alvarenga, professora e pesquisadora em Educação


O Brasil é um país com grandes desigualdades sociais, seja na distribuição e posse de recursos econômicos e culturais, seja na possibilidade de ascensão social.

Enfrenta a herança histórica da injustiça social e da exclusão de uma fração importante de sua população dos bens econômicos e sociais, como se confirma pelos dados do Censo Demográfico brasileiro de 2010, os quais, mesmo evidenciando Revista Brasileira de Educação v. 22 n. 69 abr.-jun. 2017 365.]

Porém atualmente estamos vivenciando   uma política que promete ser bom para todos e na realidade isto fica claro que a classe social de baixa renda está cada vez mais excluída e pobre socialmente, economicamente e culturalmente.

Há Estados como o de Minas Gerais que o governo fecha as escolas no intuito de contenção de gastos e municípios vivem uma desordem política prejudicando nossas principais crianças, o maior setor prejudicado é a educação infantil, ou seja; sem a base como poderemos construir uma nação justa e digna?

Outro ponto relevante que a nossa humanidade caminha para a sua própria destruição, isto é; necessitamos de uma educação sólida que cultive os valores permanentes para a vida desde o nascimento de um bebê até a terceira idade.

As escolas brasileiras por mais que trabalham focadas na formação de cidadãos de bens deparam com uma política que destrói todo o pensar, todo sentir e existir de uma humanidade repleta de esperança em forjar um mundo melhor. 

A escola tem a missão social de acolher em sua mais infinita bondade o filho de pais separados, filhas e filhos que mutilam constantemente e suplica pelo seu sepultamento, alunos que suicidam, álcool e drogas fazem parte do contexto escolares, violência brutal ao outro e famílias ausentes de conhecimento acadêmico e de controle emocional, de ética, e solidariedade.

A escola do século XXI precisa acompanhar as transformações sociais, atender a necessidade do jovem que temos hoje. Contemplar no seu currículo além dos componentes curriculares   metodologias de ensino que contemplem no nível biopsicossocial e espiritual do educando.

Sabemos que a desigualdade social é de ordem econômica e não da escola. Infelizmente nossos juízes de Minas Gerais nos repassam mais esta responsabilidade no Encontro Regional Pedagógico –Refletindo sobre as competências gerais da BNCC-/SEE-MG

Acreditamos em uma escola cujo objetivo é proporcionar a uma transformação na educação para que as mesmas possam se adequar as novas demandas e problemas da sociedade. Cumprindo seu papel de ensinar com alegria, amor consciente para uma sociedade coletiva, colaborativa e solidária.

O conhecimento formal é fundamental para ampliar outros caminhos, necessariamente a valorização da experiência oportuniza a extrapolação do campo da experiência para a expansão do olhar para compreender o mundo, expandir a sensibilidade. Esta que é a luz da salvação da humanidade.

A educação como transformação metafísica para a cidadania deste Brasil, e por intermédio da interação que se efetiva as aprendizagens significativas formando pessoas melhores. Pensamos que além dos conteúdos é necessário uma escola para a vida e não apenas transmissora de conteúdo. Uma educação para a vida e educar para vida segundo Carlos Gonzalez Pecotche: Porém, educar para vida tem ainda outro significado de maior transcendência: é preparar os espíritos para o conhecimento de seus elevados destinos, pois a vida que nós estamos referindo não é somente a comum, que vegeta, e se esteriliza em um ambiente, puramente doméstico, senão a outra, aquela que cumpre, ou pelo menos se empenha em cumprir, com os mandatos da evolução e alcança sua plenitude nas mais altas expressões da convivência humana. Educar para a vida é considerar uns de seus fins primordiais, o aperfeiçoamento de tudo quanto compreende a existência do ser humano promovendo a eliminação das deficiências pela correção consciente dos erros, e despertando nos seres o afã de superação pela aspiração natural de servir a humanidade desde posições que permitam um maior e melhor aproveitamento das energias internas, dedicadas a obras de bem e de profundo sentido humano e espiritual. (REVISTA, Tomo1,166/2, 2002).

Neste contexto compreende-se a verdadeira missão da escola oferecer um estudo eminentemente formativo e base de uma nova cultura: construtiva, reformadora; eis aí suas grandes virtudes pedagógicas. Assim quem cultiva as virtudes, uma educação metafísica vão se operando câmbios de extraordinária importância.

Câmbios estes que se operam no sentir, através do processo de evolução consciente, ampliam a extensão dos campos mental e sensível às dimensões superlativas ao incorporar-se a eles de maior hierarquia. A medida das experimentações dos ensinamentos o educando experimenta sensações que nele se produzem em virtude dos câmbios enobrecendo seus sentimentos.

Finalmente os câmbios no pensar e no sentir elevam os objetivos e introduzem na vida uma variante de ação enaltecedora sobre a conduta e o caráter.

Valéria Caetano da Silva Alvarenga

Professora e pesquisadora em Educação 




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