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Santa Bárbara,11/12/2024

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Estudantes de escola pública de Piracicaba conquistam 2º lugar no Prêmio Nacional Liga STEAM

Fonte: Redação
Estudantes de escola pública de Piracicaba conquistam 2º lugar no Prêmio Nacional Liga STEAM Entrega do Prêmio Nacional Liga STEAM


Alunos do 6º ano vivenciam mudanças climáticas e aplicam a Internet das Coisas (IoT) para produzir hortaliças em espaço reduzido

O uso da Internet das Coisas (IoT) para monitorar o clima e otimizar a produção de alimentos em áreas urbanas pouco aproveitadas foi tema do projeto realizado por alunos do 6º ano da Escola Estadual Professor Elias de Mello Ayres, de Piracicaba, que conquistou o 2º lugar no Prêmio Nacional Liga STEAM, na categoria Ensino Fundamental – Anos Finais. Desdobramento do Conexões STEAM, patrocinado pelo Instituto EP, o projeto promoveu uma aprendizagem prática e interdisciplinar aos estudantes por meio da abordagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática). O prêmio foi entregue durante evento nesta terça-feira, dia 10, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

Grupos com 30 crianças com idade média de 11 anos implantaram uma horta na área externa da escola, numa calçada de 12 metros de comprimento e 2 metros de largura. O objetivo principal do projeto era permitir aos alunos que vivenciassem as mudanças climáticas, entendendo os desafios de produzir alimentos e como as intempéries afetam a produção agrícola.

“Os estudantes buscaram encontrar respostas aos desafios existentes, por meio da aprendizagem direta da matemática, ciências e geografia, em equipamentos de alta tecnologia no laboratório de informática da escola, e com informações climáticas reais. Eles fizeram cálculos, analisaram o espaço existente para a horta, montaram planilhas, documentaram o processo e aprenderam sobre a construção de um site, o uso do Google Maps e do Tinkercard – plataforma para desenvolvimento de projetos em 3D. E ainda pesquisaram sobre as plantas, material de reuso e montaram vasos em baldes”, explica Fábio Henrique Cogo, um dos professores envolvidos no projeto.

Segundo ele, a aprendizagem acontece quando as crianças passam a ter experiências diversas durante o processo. Além disso, elas entendem que é possível produzir hortaliças e PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) em áreas reduzidas por meio de uma agricultura urbana mais eficiente e sustentável.

“Os alunos puderam coletar dados em tempo real sobre temperatura, umidade e outros fatores ambientais, essenciais para a produção de alimentos. Por meio dessa atividade, eles desenvolveram diversas habilidades: científicas ao analisar e interpretar os dados, tecnológicas ao configurar e manter os dispositivos IoT, e matemáticas ao trabalhar com estatísticas e gráficos”, diz a professora Gleice Marini de Souza, que participa também do projeto. “Além disso, essa prática promove a conscientização sobre a crise climática e a importância de soluções locais para problemas globais. A utilização de espaços urbanos subaproveitados para o cultivo contribui para a segurança alimentar e a sustentabilidade das cidades, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)” complementa.

Para Renata Nogueira, conselheira do Instituto EP, ao se envolverem em projetos como este, os estudantes não só aprendem conteúdos curriculares de forma integrada, mas também desenvolvem uma mentalidade inovadora e sustentável, essencial para o futuro. "O Instituto EP está em constante diálogo com educadores e com organizações que atuam em educação na perspectiva de compreender as necessidades emergentes da educação que tenham relação direta com questões sociais e ambientais".

Prêmio

Em sua 3ª edição - realizada durante mais um ano de grandes desafios climáticos - o Prêmio Nacional Liga STEAM é uma iniciativa promovida pela Fundação ArcelorMittal para reconhecer e valorizar a implementação da abordagem STEAM em sala de aula e o engajamento de alunos e professores na proposta de soluções para desafios de suas comunidades.

LEGENDA: Jacopo Sabatiello (AVSI Brasil); Carla Rabelo (Fundação Banco do Brasil); professora Gleice Marini de Souza; Catarina Lutero (Fundação ArcelorMittal); professor Fábio Henrique Cogo e Lilian Bacich (Triade Educacional)




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