HMB simula Protocolo AVC em emergência
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Desde julho de 2024, o hospital investe em capacitações e novas tecnologias para agilizar o atendimento e o diagnóstico para esses casos | |
O Hospital Municipal da Brasilândia (HMB) – Adib Jatene, da Prefeitura de São Paulo, realizou, na primeira semana de fevereiro, uma simulação realística do Protocolo de Acidente Vascular Cerebral (AVC), que teve início na unidade em julho de 2024. A atividade envolveu médicos, enfermeiros e farmacêuticos, com o acompanhamento de consultores da Iniciativa Angels, presente em 157 países e especializada na otimização do tratamento da doença. De janeiro a agosto do último ano, cerca de 39 mil brasileiros perderam a vida por AVC, segundo o Portal de Transparência do Registro Civil (ARPEN Brasil). Desde a implantação do protocolo, o HMB atendeu 27 casos que, graças à tecnologia e à capacitação da equipe, tiveram desfechos positivos. Durante o simulado, os profissionais seguiram todo o fluxo de atendimento, desde a recepção até a classificação de risco e o encaminhamento para a emergência. "Nosso protocolo está bem estruturado e, aliado a uma equipe capacitada, conseguimos reduzir significativamente o tempo de atendimento e melhorar o prognóstico do paciente", destacou Dr. Frederico Adatihara, diretor técnico do HMB. Melhoria contínua A simulação realística faz parte do compromisso do HMB em se tornar referência no tratamento de AVC, com investimentos em capacitações contínuas e novas tecnologias. Em julho, na implantação do protocolo, a unidade treinou mais de 600 profissionais da equipe assistencial. “Uma equipe bem preparada é essencial para garantir atendimento de qualidade e reduzir o tempo de resposta para salvar vidas. Por isso, qualificamos cada vez mais o nosso time de profissionais”, destaca Karina Albano, gerente assistencial. Protocolo AVC A medida consiste em diretrizes e procedimentos utilizados em unidades de saúde no mundo inteiro para o atendimento rápido e eficaz de pacientes com AVC. O objetivo é garantir um diagnóstico ágil, iniciar o tratamento o mais cedo possível e aumentar as chances de recuperação, reduzindo sequelas e mortalidade. "Nossa meta com o protocolo é reduzir o tempo de atendimento para salvar mais vidas, pois o AVC é uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. Para isso, utilizamos capacitação e tecnologia", explica Vívian Finotti Ribeiro Oliveira, consultora científica da Iniciativa Angels. O processo inclui triagem inicial, avaliação neurológica, exames de imagem, administração de trombolíticos quando indicado e cuidados multidisciplinares, como acompanhamento neurológico, fisioterapia e fonoaudiologia. A telemedicina desempenha um papel crucial por meio do aplicativo Join, que permite avaliações à distância de neurologistas, agilizando o diagnóstico. "A telemedicina é essencial, pois permite a avaliação imediata dos exames, garantindo decisões rápidas e precisas para evitar sequelas ao paciente", destaca Adatihara. |
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