Projeto de Lei busca tombar Estádio Antônio Guimarães como patrimônio cultural de Santa Bárbara d’Oeste

A história do esporte barbarense poderá ganhar uma proteção especial. O vereador Carlos Fontes (União Brasil), com apoio dos demais parlamentares da Câmara Municipal, apresentou o Projeto de Lei nº 43/2025, que declara o Estádio Antônio Lins Ribeiro Guimarães como de interesse cultural, histórico e esportivo do Município de Santa Bárbara d’Oeste.
O texto determina que o Poder Executivo adote as providências necessárias para reconhecer o tradicional estádio, sede do União Agrícola Barbarense Futebol Clube, como patrimônio protegido, em conformidade com a Constituição Federal, com o Decreto-Lei nº 25/1937 e com a Lei Federal nº 9.605/1998. A proposta ainda prevê o tombamento oficial do local, assegurando sua preservação histórica, arquitetônica e esportiva.
Fundado em 1914, o Estádio Antônio Guimarães é um dos símbolos da identidade barbarense. Em sua justificativa, Carlos Fontes destaca a importância da preservação do espaço como parte da memória coletiva da cidade e do desenvolvimento social e educacional. “A proteção do estádio não é apenas uma homenagem ao passado, mas um compromisso com as gerações futuras”, afirmou o vereador.
O projeto também faz referência à recente conquista do União Barbarense: o título do Campeonato Paulista da Segunda Divisão (Série B) 2025, com acesso garantido à Série A3. A vitória, celebrada no próprio estádio em 26 de abril diante de mais de 5.700 torcedores, reforçou o valor afetivo e cultural do local para a comunidade.
Além do reconhecimento histórico, uma mobilização popular vem ganhando força para preservar o estádio. A campanha "Não à Demolição do Estádio Antônio Guimarães", liderada por Carlos Festa, presidente de honra da Torcida Uniformizada Sangue Barbarense (TUSB), já reuniu mais de 13 mil assinaturas no site www.tombamentouniao.com.br, demonstrando o apoio massivo da população.
“A luta pelo tombamento é uma resposta à vontade popular. Santa Bárbara d’Oeste tem o dever de proteger esse espaço que faz parte da sua história e da sua alma”, concluiu Fontes.
O projeto agora segue para tramitação na Câmara Municipal.
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